quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O País dos Penaltis




Erramos ao levantar a bandeira da moralidade em meio aos vergonhosos "penaltis" brasileiros.  Não me refiro somente ao jogo da tal Seleção Brasileira e do mísero Paraguai, ainda lá na Copa América. Faço uma alusão principalmente  aos escândalos que enaltecem o Brasil no cenário internacional. As dimensões do seu território se equiparam aos fartos “pedaços de um porco”, reportagem da Revista Veja do dia 13 de Julho, onde cada sigla partidária detém uma parte, servidos pelo nepotismo e pelo pragmatismo dos partidos em nome do poder. E o tempero não poderia ser outro senão o dinheiro público.
            A necessidade de redescobrirmos o Brasil é imediata, pois estamos perdidos. Se duvidar, erramos gols até sem goleiros. O fato de termos sido eliminados pelo Paraguai nas quartas-de-finais da Copa América, com o detalhe de não acertarmos um chute a gol nos penaltis, serve de contextualização para uma crítica contundente que há tempos já virou tabu nas manchetes de jornais e revistas: os esquemas de corrupção. Corrupção no sentido amplo do termo que foge do significado literal  e envolve até práticas não condenadas pela Lei, refiro-me aos acordos partidários de assumir cargos públicos. Cargos, muitas vezes, criados não pela necessidade, mas pelas promessas políticas. E quem é que paga? Eu. Você. E os impostos cada vez mais extorsivos e os retornos insuficientes. Carência na área da educação, saúde, infraestrutura, transportes, entre tantas outras. Segundo dados da Revista Veja, o Brasil possui o maior número de cargos de confiança dentre os principais países de notória atividades comerciais e  se fossem somados os cargos de confiança dos EUA, da Inglaterra e mais alguns países importantes no panorama internacional faltariam números para equiparar-se.
            É lamentável não haver um apito final nessa falta de ética e responsabilidade social: assim vamos ficar craques em errar penaltis e o chute não terá outra direção a não ser prejudicar o brasileiro. Perdemos do Paraguai, mas bem antes já havíamos perdidos o penalti da honestidade e da vergonha na cara!                 

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