Os Jovens e as Redes Sociais

              As ondas de revoltas que tomaram conta do cenário internacional nestes últimos meses revela um quadro preocupante e ameaçador para a contemporaneidade: a busca pelo poder, pela igualdade e pela liberdade. Essas palavras-chaves ameaçam a soberania de muitos países que têm questões infraestruturais, sociais e políticas frágeis. Já não bastassem essas mazelas, os olhos estão atentos aos protagonistas desses movimentos violentos: os jovens e as redes sociais.

             No mês passado, a Noruega, país considerado símbolo da paz e de uma cultura prestigiosa pelo 1º lugar no Ranking de IDH - Índice de Desenvolvimento Humano, o qual avalia tanto questões socioeconômicas quanto educacionais, foi alvo de um atentado que morreram 92 pessoas. As principais causas estão sendo esclarecidas, porém já se sabe que o motivo está relacionado aos imigrantes, mais especificamente à aversão aos estrangeiros. Como também, na semana passada, em um chamado de guerra, a Polícia Britânica convocou todo o contingente da segurança pública para conter jovens que se reuniram para depredar e sacar lojas e estabelecimentos comerciais. E o "fogo do ódio" teve como principal fonte energética as redes sociais. Os jovens organizaram o levante através da internet e por meio dela reuniram muitos adolescentes nascidos na Inglaterra, filhos de imigrantes, indignados com o alto poder de consumo de alguns e baixo de outros, fato que deixa claras evidências que uma das causas do terror nas ruas inglesas está vinculado ao consumismo, tendo em vista que Lojas de aparelhos eletrônicos e roupas de marcas como Nike e Adidas foram os principais alvos.

            Por um lado é bom a  juventude mostrar que está atenta às injustiças e tem poder para reivindicar seus direitos, entretanto, deve haver um equilíbrio entre a euforia e o que de fato deve ser questionado. Não sei o porquê ainda não fomos às ruas no Brasil, porque restam motivos para interrogar e faltam respostas para a solução de muitos problemas.